É a segunda mudança em cinco anos, pois em 18 de julho de 2018 foi publicada no Diário Oficial a modificação da nomenclatura para praça Japão-Liberdade, reivindicação feita por empresários estabelecidos nas proximidades que ajudaram financeiramente com a revitalização da praça na ocasião.
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"Posteriormente, em 25 de julho do mesmo ano, o então governador Márcio França rebatizou também a estação do metrô como estação Japão-Liberdade, uma homenagem às marcas deixadas pelos japoneses na história de São Paulo", conforme justificativa apresentada em 2020.
Ainda de acordo com o texto, o bairro da Liberdade é visto como local símbolo da imigração nipônica ao Brasil, com decorações que remetem ao país asiático. "O batismo daquele espaço como referência à imigração japonesa, embora seja uma homenagem justa para essa população, foi injusto ao ignorar parte importante da história, que é presença do negro escravizado na cidade, cujas marcas foram cravadas no bairro, onde funcionou, por exemplo, o largo da Forca, exatamente na praça Japão-Liberdade."
Ainda segundo o projeto, no Largo da Forca, morriam os negros escravizados acusados de crimes e condenados à morte por enforcamento público, método que deixou de ser usado em meados do século 19. Perto dali, funcionou ainda o cemitério dos Aflitos, local onde eram sepultados negros escravizados, militares pobres acusados de traição, pobres e desvalidos daquela época. O cemitério foi desativado em 1885.
"Propomos essa correção com a alteração da denominação da praça Japão-Liberdade para praça Liberdade África-Japão, denominação que faz justiça e coloca em ordem historiográfica cada um dos componentes da nova denominação. África, primeiro porque a escravização africana começou em 1539 e seus efeitos ainda são sentidos hoje. Japão, cujos primeiros imigrantes chegaram no dia 18 de junho de 1908, no navio Kasato Maru, a Santos; e Liberdade, que homenageia a inauguração da estação Liberdade, em 17 de fevereiro de 1975", consta na justificativa do projeto.

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