SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os metroviários aceitaram proposta apresentada pelo Metrô e encerraram a greve na manhã desta sexta (24), mas a retomada da operação ainda deve levar um tempo, de acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Narciso Fernandes Soares.
"A categoria começa a retornar agora, mas vai demorar um tempo para o metrô voltar a operar porque a turma precisa chegar aos postos de trabalho. Demora um tempo para voltar a funcionar, mas está encerrada a greve", disse Soares durante a transmissão de uma live.
O governo do estado informou que o Metrô vai retomar a operação em sua totalidade, com retorno de 100% do efetivo às atividades, após o Sindicato dos Metroviários aceitar a proposta da companhia e encerrar a greve iniciada na quinta (23). A paralisação durou 34 horas e foi marcada por embates entre o o governo do estado e o sindicato.
A votação que decidiu pelo fim da greve, realizada em assembleia na manhã desta sexta, teve placar apertado. Foram 1.480 votos pelo fim da paralisação contra 1.459 pela sua manutenção, segundo a direção do sindicato.
"A votação foi extremamente apertada. A diferença foi de 21 votos. É necessário esse registro, pois há uma indignação enorme da categoria e essa indignação é justa. Por causa das difíceis condições de trabalho, por causa de todo desrespeito que a categoria vem sofrendo nos últimos anos e por causa da mentira e da gasolina na fogueira que o governador Tarcísio jogou ontem sobre a liberação das catracas", disse a presidente do sindicato, Camila Ribeiro Duarte Lisboa.
Na madrugada desta sexta, o Metrô apresentou ao sindicato uma proposta para o pagamento em abril de abono salarial no valor de R$ 2.000 e a instituição de PPR (Programa de Participação nos Resultados) de 2
O Sindicato dos Metroviários afirma que o Metrô deixa de pagar há três anos o abono salarial devido. Os funcionários pedem reposição do equivalente à participação nos lucros de 2020 a 2022. Antes de fazer a proposta aos funcionários nesta madrugada, o Metrô afirmou não ter dinheiro para pagar o abono neste momento, alegando que a empresa teve quedas significativas de arrecadação devido à pandemia e ainda não teve o retorno total da demanda de passageiros.
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